Algarve - Paraiso das aparências

O Algarve é um paraíso. É assim que é descrito em muitos guias e brochuras. É isso mesmo que muitos dos seus recantos naturais ainda preservados são.

Mas refiro-me agora a outro paraíso. O das aparências...

Apesar de ter uma taxa de desemprego baixa, os salários, assentes não tão badalada hotelaria de qualidade, raramente excedem os € 450 mensais...uma fortuna.

Se gastar tal soma não é obviamente um problema, a forma como são gastos deixa muitos de boca aberta...

1º Uma boa roupa todos os dias.
2º Um bom perfume, lipp gloss etc...
3º Roupa...
4º Um bom carro (entenda-se de boa marca, pode ter 20 anos e ter vindo de um sucateiro na alemanha...tem de ser bmw)

E por ai fora...

Se este é um problema de todo o país aqui atinge proporções epidémicas. As causas estarão concerteza ligadas ao convivio com outras nacionalidades, mais ricas, muito mais ricas, numa tentativa de imitação de um estilo de vida para o qual nunca trabalharam...

Daí nasce também outra caracteristica fantástica...a inveja, de que falaremos na nossa próxima sessão...

Até breve.

Berlusconi...

Não muito longe do país das tricas com engenheiros de 2ª e guerras entre rotos de direita está um país de viciados em cremes e futebol (sim, mais que no nosso cantinho à beira mar plantado).

Nesse país, que visto muuuuito là de cima parece uma bota, vive um ser amoroso que, com teorias neo-liberais de alto gabarito, conseguiu saltar por cima de tudo e todos, governando o país a seu bel-prazer.

Não, não estou a falar da Madeira. Infelizmente ainda não lhe demos a indepêndencia. Falo da Itália de Berlusconi, esse paraiso de corrupção e podridão que Nanni Moreti brilhantemente desmonta no seu "O Caimão".

Vale a pena a deslocação e os 4 euros...

Não te entendo...

Ás vezes confesso que não sei quem és...

O que faz falta é animar a malta...

Melhor, o que faz falta é a malta para me animar. É bom voltar a casa, estar com os amigos, estar com a familia.

O desterro amado e odiado tantas vezes parece agora chegar ao insuportável. Se por vezes estar longe de Lisboa parece uma benção, uma dádiva de qualidade de vida e paz, outras tantas a falta do reboliço, dos amigos e da vida urbana torna-se exasperante.

Numa realidade em que o trbalho exige todas as nossas forças torna-se cada vez mais importante a forma como ocupamos os poucos momentos livres que a vida nos oferece.

Trabalho, casa, trabalho, casa, trabalho... é uma realidade a que temos sempre de adicionar boas doses de diversão, amigos e experiências. Grave se torna quando vivemos num sitio onde as três são cada vez mais dificeis de encontrar.

Os amigos emigram para a capital, a diversão só no verão e as novas experiencias são limitadas quando se vive numa pequena cidade onde o provincianismo as aparências reinam sobre todas as restantes caracteristicas humanas.

Tantas foram as vezes que para mim repeti que não passava de uma fase. Tantas as vezes que exaltei as vantagens de viver a sul. Qua vendi as vantagens de um dia a dia cheio de nada...

Agora, cheio de nada me encontro. Anseio as tardes de lisboa, os cinemas, os teatros, o tejo e as milhares de pessoas diferentes que posso conhecer.

E tu e eu o que vamos fazer?

Por amor a Lisboa...

Para quem gosta desta cidade e quer saber mais sobre ela, abriu uma livraria/galeria mesmo a caminho do Castelo de São Jorge. A Fabula Urbis é um espaço pequeno em tamanho mas grande em Alma.

Vale a pena dar um salto e conhecer, folhear, explorar.

O caminho até lá www.fabula-urbis.pt

Triste

Triste de quem apelida 3 dias sem trabalhar de férias.

Mas é a realidade deste vosso companheiro.

Pena não ver consolo no facto de milhares de pessoas no mundo não terem direito a três dias de férias o ano inteiro.

Vivam os Fins de Semana e as recuperações de folgas trabalhadas....

Carta ao Primeiro Ministro

Exmo. Sr. Dr....não

Exmo. Sr. Eng.... também não

Exmo. Sr. Primeiro Ministro...nop

Exmo. Sr....Sr?? naaaa

Exmo. Porque?

Caro Sócrates...

Guerra de Audiências

A guerra de audiências chegou à blogosfera.

Aqui no Jagunço não nos rendemos...nem por dinheiro.

Por isso puxamos do trunfo.

Batam lá isto...

Não estou bloqueado...

Nem me vou queixar do excesso de trabalho, ou da falta de tempo, nem mesmo da falta de inspiração.

A verdade é que tenho tido ideais geniais que quero meter no papel...geniais para mim claro.

Mau, mau é o facto de as ter a guiar, ou na retrete (estas tem um nome especifico) ou na praia...Nunca em frente ao computador, nunca no trabalho.

Solução? Vou comprar um daqueles gravadorezinhos como o Kyle MacLachlan usava no Twin Peaks e depois passo para computador...ou talvez esta seja mais uma daquelas ideias que tive na retrete...

Sugestões?