Sentada esperava. O dia passava por ela como uma interminável repetição de slides encravados.
Mirava a maça, incrédula. Como havia cedido? Porquê?
A vida encontrava-se a poucos quilómetros de distancia, repleta de rotinas, rodeada de impossibilidades vãs.
Pensou em voltar para casa mas tudo se transformava. Ruas que outrora subia, agora mostravam uma doçe inclinação descendente. Autocarros mudavam de direcção ao sabor do vento, livres de destinos traçados ou da tirania das coroas urbanas.
Livre. Livre para ser feliz mirava a maça desconfiada. Observava a sua dentada e pensava, cansada da sua lida, como seria feliz se dessse mais uma dentada.
2 comments:
Transpiração de inspiração com sentimentos aos saltos, bem altos, que daqui deste lado dá para ouvir o palpitar do batimento vital.
É bom demais transpirar na ponta da caneta o esforço que nos vai na alma.
Admiro as tuas palavras, "puto".
Deixemos as provas para outras núpcias :)
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